Inesperadamente o tempo para, a rotação da terra deixa de existir, Só ouso a pulsão irrefreável do meu sangue, Que sai percorrendo todas as artérias do meu corpo, Em busca de um sentido, Pois já estou cansada de tanta passividade! Dessa humanidade desumana. Uma inquietação surge, E o meu sangue passa a correr mais rápido e mais pulsante, Já não controlo mais os meus movimentos, Meu corpo passa a ter vontade própria! É um êxtase total! Toda essa passividade me revolta, Viro andarilho, berrando de orelha em orelha, Que é preciso fazer Arte, viver a Arte, ser a própria Arte. Estou cansada desse mundo monocromático, Precisamos de cor, sim, das cores da aquarela, Aquela que é do Brasil, que é minha e que é dela, Vamos pintar essa Política, Vamos fazer arte no Direito, Vamos moldar o gesso desse sistema engessado Vamos, vamos, vamos sem demora, Vamos que o tempo não espera, Vamos que eu quero fazer Arte, eu quero viver a Arte, Eu quero ser a próp